sábado, 24 de maio de 2014

Foco





Gostaria de saber porque só penso em sexo. É um acto incontrolável que me remói o espirito e me faz perder o foco no que realmente importa.
O que é que realmente importa?...
Ah! É isso, é isso! Estar Vivo.
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Imagino a tua face. Suave. Plácida. As minhas calças rebaixadas e as tuas mãos, finas, nas minhas virilhas, pousadas.
Falas uma fala estranha com o meu falo na tua boca.
Roça a esponjosa língua. Dá-me vagas de prazer. - Esponjosa língua...
Vejo os teus lábios a se mover. As tuas mãos no meu pénis. Bate forte, na minha têmpora, o sangue que da tua mão pulsa.
Como, como descrever?
Quando me envolves assim a cabeça esqueço-me da tua pareça.
Quem és plácida figura? Tão quente essa boca. Tão rápida curta.
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Ah!
É isso, é isso!
O quê?...


domingo, 12 de janeiro de 2014

Entre estados


Fode-me antes de me amares. Ama-me antes de me foderes.
Todas as memórias são nada, perante a catedral do desejo.

E se eu te penetra-se fogosamente, com movimentos abruptos e incisivos? Roçando freneticamente como louco este meu instinto na tua vulva.
Ah!... Meu pensamento estagna, a pulsação acelera, só ao imaginar o prazer na tua expressão: a boca aberta, a respiração contida, a linha facial contraída, como se de dor se tratasse.
Meu deus! Só me apetece beijar-te ainda mais! Meter a minha língua na tua boca sôfrega e foder-te ainda com mais força!

E se eu te penetrasse, fogosamente...
Mas, não consigo.
Penetro-te, suavemente, com um beijo na boca, quente. Abraço-te, sinto o teu corpo no meu. Como se fosse o extrato em falta. Movem-se as ancas, em movimentos lentos, compassados, até aos fugazes orgasmos.

Todas as memórias são nada, perante a catedral do desejo. Quando te beijo, quando te penetro, quando te fodo ou fazemos sexo. Quando praticamos este acto carnal e natural, eu, esqueço-me que te amo, tu, esqueces-te que me amas.

Esqueçamo-nos.
Só a carne basta,
Para sabermos que não estamos sós.

Ama-me, ama-me no fim...